Ao assumir um empréstimo ou financiamento, muitos consumidores focam apenas na taxa de juros anunciada e acabam ignorando outros custos que podem elevar significativamente o valor final pago. Conhecer o CET de forma detalhada é essencial para evitar imprevistos e garantir uma escolha consciente.
O CET representa o custo real de um empréstimo, indo além da taxa de juros nominal. Ele inclui todos os encargos financeiros e operacionais que o cliente deverá arcar durante toda a vigência do contrato, apresentando uma visão completa do valor efetivo a ser pago.
Sem essa análise, é comum se deparar com cobranças inesperadas, tarifas extras e seguros obrigatórios inseridos automaticamente no contrato, que podem comprometer o orçamento planejado.
Entender o valor do CET permite ao consumidor ter uma visão clara e detalhada do compromisso financeiro. Com esse conhecimento, é possível:
O CET é composto por vários itens que, somados, formam o valor efetivo a ser pago pelo cliente. Entre eles, destacam-se:
O valor do CET deve ser informado em percentual anual pela instituição financeira antes da contratação. Ele soma todas as despesas diretas e indiretas previstas no contrato, distribuídas ao longo do tempo de vigência.
Para facilitar esse processo, existem simuladores disponíveis em sites de órgãos de defesa do consumidor, que permitem ao usuário inserir valores e prazos para verificar se o CET informado corresponde ao cálculo real.
O CET é regulamentado pelo Banco Central do Brasil e sua divulgação é obrigatória por lei. Essa padronização visa proteger o consumidor, promovendo direito à informação e transparência e estimulando a concorrência entre instituições financeiras.
Caso o cliente deseje, pode solicitar o cálculo detalhado do CET a qualquer momento, garantindo o acesso a todas as despesas e taxas que compõem o custo total do crédito.
Não analisar o CET pode resultar em graves impactos no orçamento pessoal e na saúde financeira do contratante. Entre os principais riscos, destacam-se:
• Surpresas com valores muito acima do previsto, dificultando o pagamento das parcelas;
• Endividamento crescente por não considerar despesas acessórias;
• Obstáculos para quitação antecipada, já que o cliente não conhece as taxas de amortização real.
Antes de assinar qualquer contrato de crédito ou financiamento, adote as seguintes práticas:
Imagine duas propostas de financiamento: ambas anunciam 12% ao ano de juros. Na prática, uma possui tarifas elevadas e seguro caro, resultando em um CET de 18% ao ano. A outra apresenta menor quantidade de encargos, mantendo o CET em 14% ao ano.
Apesar de terem taxas de juros iguais, a diferença de 4 pontos percentuais no CET pode representar milhares de reais a mais pagos ao final do contrato, mostrando a urgência de uma análise completa.
Ao compreender o verdadeiro valor do crédito contratado, o consumidor ganha poder de negociação e maior segurança financeira. A análise criteriosa do CET deve ser parte integrante de qualquer decisão de crédito.
Evitar surpresas desagradáveis é possível quando se exige informação clara e detalhada antes de assinar o contrato. Faça valer seus direitos, compare propostas e mantenha seu orçamento protegido.