Ao enfrentar as obrigações financeiras de um financiamento, é comum buscar alternativas para aliviar o orçamento mensal. A ideia de alongar o prazo para diminuir o valor das parcelas pode parecer uma solução inteligente e de fácil acesso. No entanto, essa estratégia traz custo total do contrato aumenta de forma significativa, gerando um impacto negativo ao longo dos anos.
Em geral, bancos e instituições financeiras oferecem opções de prorrogação de parcelas ou suspensão temporária do pagamento, comumente conhecida como pausa ou carência. Essa possibilidade é regulamentada e inclui procedimentos específicos, prazos máximos e análise de crédito.
No caso de grandes bancos, como o Bradesco, a prorrogação pode chegar a 120 dias, após avaliação cadastral e de capacidade de pagamento. Vale ressaltar que essa pausa não altera a taxa de juros original do contrato, mas gera cobrança proporcional de juros quando as parcelas são recalculadas, conforme normas do sistema financeiro.
Quando se estende o prazo de 120 para 360 meses, os encargos acessórios, como taxas administrativas e seguros, permanecem por mais tempo. Mesmo valores aparentemente pequenos, como R$ 25,00 mensais, se acumulam de maneira expressiva ao longo do contrato. Por exemplo:
Além disso, juros compostos acumulam mais sobre o saldo devedor em prazos mais longos, e o seguro habitacional tende a aumentar conforme a idade do titular. Uma simulação considerando um principal de R$ 200.000 a 8% a.a. mostra um aumento de dezenas de milhares de reais no valor total pago.
Nem sempre a extensão de prazo é prejudicial. Em cenários de emergência, perda temporária de renda ou eventos imprevistos, buscar uma prorrogação pontual pode prevenir inadimplência e bloqueio de crédito. Ainda assim, é essencial entender que a manobra deve ser:
Quando usada de forma equivocada, essa opção pode se transformar em uma apenas alívio financeiro superficial, adiando o pagamento, mas elevando o custo total do contrato.
Antes de optar pela extensão do prazo, avalie outras soluções que podem resultar em economia sem encarecer o financiamento a longo prazo:
Estender prazos de financiamento apenas para reduzir parcelas pode gerar uma falsa sensação de segurança. Ao final do contrato, o consumidor se depara com custos expressivos e um montante muito acima do inicialmente previsto. Para tomar decisões embasadas, é fundamental usar simuladores, consultar planilhas de projeção e, sempre que possível, negociar diretamente com a instituição financeira.
Ao adotar uma postura proativa e informada, você garante maior controle sobre o seu patrimônio, evita riscos de inadimplência e constrói um caminho mais sustentável rumo à quitação dos seus compromissos.
Referências