No cenário brasileiro, investir em fundos de ações tornou-se uma das estratégias mais atraentes para quem almeja crescimento acima da média de mercado. Com a Bolsa em recuperação e oportunidades a preços descontados, conhecer esse universo é essencial para investidores que visam ampliar seu patrimônio no médio e longo prazo.
Este artigo reúne insights sobre o ambiente atual, retornos históricos, critérios de seleção, o papel das gestoras e as tendências ESG, oferecendo um guia completo para quem busca crescimento consistente.
Fundos de ações são carteiras geridas profissionalmente, compostas majoritariamente por ações de empresas negociadas na Bolsa. Eles se destinam a investidores com importância do horizonte de longo prazo e maior tolerância a oscilações, pois o principal objetivo é capturar a valorização das empresas ao longo do tempo.
Esses fundos são indicados para quem deseja:
Em 2025, a Bolsa brasileira acumulou alta de +8,29% até o primeiro trimestre, depois de um recuo de -10,36% em 2024. Atualmente, negocia-se a um índice preço/lucro de 9,4x, bem abaixo da média histórica de 12,1x, o que indica um momento de oportunidade para quem busca ativos descontados.
O desempenho foi impulsionado pelo ambiente macroeconômico com juros elevados e pelo reposicionamento técnico de investidores em renda variável. Dos 60 principais fundos, apenas 20 superaram o Ibovespa no primeiro trimestre de 2025, com destaque para Alaska Institucional, Nord 10X e Nord Melhores Fundos FoF Ações.
No longo prazo, alguns fundos se destacam por resultados expressivos. Entre 2019 e 2023, o Guepardo acumulou +310% e o Tarpon +261%, enquanto o Ibovespa subiu 37% e o CDI 36% no mesmo período.
Uma visão detalhada revela trajetórias consistentes:
O Guepardo FIC FIA, ativo desde 2007, teve 136 meses positivos em 215, superando o Ibovespa em 118 ocasiões. O Atmos Ações, desde 2009, ultrapassou o índice em 92 dos 146 meses analisados.
Apenas cerca de 1% dos fundos conseguem resultados consistentemente acima do benchmark no longo prazo. O principal fator é a qualidade da equipe gestora: times experientes e competentes que unem pesquisa rigorosa, gestão de risco e adaptação ao ciclo econômico.
Esses gestores avaliam aspectos qualitativos das empresas, como governança e inovação, além de identificar momentos de entrada e saída estratégicos. A capacidade de manter disciplina em cenários voláteis diferencia as gestoras que alcançam histórico de gestão ativa eficiente.
O segmento de fundos ESG (ambientais, sociais e de governança) ganhou força mesmo em contextos adversos lá fora. Em maio de 2025, o patrimônio desses fundos atingiu R$ 34 bilhões, alta de 28% no ano.
Atualmente, existem 193 fundos ESG ativos: 127 com compromisso formal (“IS”) e 66 relacionados (“ESG-related”). Desde abril de 2022, os fundos IS subiram 41%, os ESG-related 31,7%, contra 21,9% dos fundos de ações tradicionais. Isso mostra que o investimento em fundos de ações ESG pode gerar crescimento acima da média com foco em sustentabilidade.
Investir em fundos de ações envolve riscos, como oscilações de mercado e exposição setorial. Por isso, avaliar o perfil de risco e manter o importância do horizonte de longo prazo é fundamental para suavizar volatilidades e aproveitar ciclos de valorização.
Vantagens:
Limitações:
Os fundos de ações oferecem uma via poderosa para quem busca alavancar seu capital com estratégias sólidas e equipes especializadas. O cenário brasileiro, com empresas descontadas e perspectivas de longo prazo, cria oportunidades únicas.
Ao combinar análise histórica, consistência de gestores renomados e critérios ESG, o investidor pode montar uma carteira equilibrada e orientada para crescimento sustentável e de longo prazo. Avalie seu perfil e horizonte, escolha fundos com histórico comprovado e prepare-se para colher resultados expressivos ao longo dos anos.
Referências