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Parcelamento da fatura: entenda quando usar

Parcelamento da fatura: entenda quando usar

30/04/2025 - 22:39
Felipe Moraes
Parcelamento da fatura: entenda quando usar

Abrir a fatura no fim do mês e se deparar com um valor acima do esperado pode gerar angústia e noites sem dormir. Contudo, há opções que ajudam a diluir esse impacto e retomar o controle das finanças.

Em um mundo onde imprevistos acontecem e o orçamento aperta, o parcelamento da fatura surge como uma alternativa para quem não consegue pagar o valor integral do cartão de crédito em um único mês. Essa solução, oferecida pelos bancos e instituições financeiras, permite dividir o valor total da fatura em parcelas fixas, proporcionando um alívio imediato no caixa.

O que é o parcelamento da fatura?

O parcelamento da fatura é um serviço que transforma a dívida do cartão de crédito em prestações mensais, geralmente com prazos de 3 a 24 meses. Ao aderir a esse recurso, o cliente paga juros sobre o saldo parcelado, mas evita as taxas mais elevadas do crédito rotativo.

Essa alternativa é voltada para quem não tem fôlego financeiro para liquidar o valor total da fatura em um só pagamento, mantendo previsibilidade nos pagamentos mensais e evitando a escalada de juros que pode se tornar incontrolável.

Como funciona o parcelamento da fatura?

Para realizar o parcelamento, o cliente precisa escolher a quantidade de parcelas (normalmente entre 3 e 24) e, em algumas modalidades, efetuar um valor de entrada. Em seguida, o saldo remanescente é dividido em prestações fixas, acrescidas de juros e IOF.

  • Quantidade de parcelas disponíveis;
  • Valor de entrada exigido pelo banco;
  • Taxas de juros mensais e encargos.

As taxas de juros do parcelamento são inferiores às do rotativo e ao pagamento mínimo, variando entre 5% e 10% ao mês. Em geral, o cliente consegue contratar o serviço rapidamente por aplicativo, internet banking ou atendimento telefônico.

Por exemplo, no Banco do Brasil, é possível parcelar em até 14 vezes (1 entrada + 13 parcelas), enquanto o Will Bank exige entrada mínima de 15% e oferece até 24 parcelas, com valor mínimo de parcelamento de R$ 60,00.

Parcelamento automático

Segundo a Resolução nº 4.549 do Banco Central, se o saldo devedor permanece no rotativo por 30 dias, o banco é obrigado a oferecer automaticamente o parcelamento em até 12 vezes. Essa medida visa proteger o consumidor de taxas de rotativo superiores a 15% ao mês, mantendo um patamar mais acessível de financiamento.

Assim, quando o cliente paga menos que o mínimo devido e ultrapassa esse prazo, o valor remanescente é convertido em parcelas fixas, evitando surpresas no extrato e garantindo maior transparência.

Quando considerar o parcelamento da fatura?

Antes de aderir, é fundamental avaliar o próprio planejamento financeiro e as circunstâncias do momento. O parcelamento se faz válido quando não há alternativa para quitar o valor integral, mas também quando se deseja flexibilidade no planejamento financeiro, sem comprometer demais o orçamento.

  • Impossibilidade de pagar a fatura integral sem comprometer necessidades básicas;
  • Evitar juros altos do rotativo ou do atraso;
  • Desejo de organizar despesas com parcelas fixas;
  • Surgimento de emergências que exijam diluição do gasto.

Imagine que uma despesa médica inesperada consuma parte da sua renda. Nesse contexto, o parcelamento pode ser a alternativa mais viável para manter tranquilidade financeira e honrar compromissos sem sucumbir aos juros abusivos.

Vantagens do parcelamento

Entre os principais benefícios, destacam-se:

  • Juros menores que o crédito rotativo e o pagamento mínimo;
  • Parcelas fixas, favorecendo previsibilidade e controle financeiro;
  • Evita a negativação do nome, desde que as parcelas sejam quitadas pontualmente.

Com valor fixo mensal, é possível programar melhor as despesas, reduzir a ansiedade e manter o histórico de crédito em dia.

Desvantagens e riscos

Apesar de ser uma ferramenta valiosa, o parcelamento implica o pagamento de juros e encargos, o que eleva o custo final da compra. Também compromete parte do orçamento dos meses seguintes, exigindo disciplina para não contrair novas dívidas.

Em caso de inadimplência nas parcelas, podem ser aplicadas multas, juros de mora e até inclusão do nome em órgãos de proteção ao crédito, prejudicando o score e o acesso a novos créditos.

Outro ponto a observar é que, ao assumir parcelas por vários meses, você pode perder oportunidades de investir o dinheiro em aplicações mais rentáveis ou quitar dívidas com juros ainda maiores.

Comparação: parcelamento vs pagamento mínimo

Como calcular o valor das parcelas

O valor das parcelas depende de quatro fatores principais: valor total da fatura, entrada exigida pelo banco, quantidade de parcelas escolhida e taxa de juros mensal aplicada. Somando-se encargos como IOF, é possível ter uma visão completa do custo.

Para ter clareza sobre o montante final, utilize simuladores, como a Calculadora do Cidadão do Banco Central, que estima o valor de cada prestação e o total a ser pago ao término do contrato.

Alternativas ao parcelamento

Antes de optar pelo parcelamento, considere outras possibilidades:

Negocie diretamente com o banco condições especiais ou renegociações de saldo. Em alguns casos, um empréstimo pessoal pode oferecer taxas mais atrativas do que o parcelamento do cartão.

Aplicativos de controle financeiro e planilhas detalhadas ajudam a visualizar fluxos de caixa, identificando gastos supérfluos e apoiando a estratégia para quitar a fatura integralmente no vencimento.

Recomendações finais

O parcelamento da fatura é um recurso útil em momentos de aperto, mas precisa ser usado com cautela e planejamento.

Confira sempre as taxas de juros aplicadas, elabore um orçamento dos próximos meses e evite novas compras no cartão enquanto estiver com parcelas em aberto.

Converse com um consultor financeiro para avaliar soluções personalizadas, considerando seu perfil de risco e objetivos de médio e longo prazo, como a compra de um imóvel ou a constituição de uma reserva de emergência.

Por fim, busque planejamento financeiro sólido e consciente: essa é a melhor forma de preservar sua saúde financeira e caminhar em direção a um futuro mais tranquilo e seguro.

Felipe Moraes

Sobre o Autor: Felipe Moraes

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