Em meio a um cenário econômico desafiador, saber manejar o crédito pode ser a diferença entre superar obstáculos financeiros de forma planejada e criar uma espiral de dívidas impagáveis.
Este guia inspira e oferece dicas práticas para usar empréstimos com sabedoria, solucionando necessidades pontuais sem comprometer o futuro.
Em tempos de incerteza econômica, os empréstimos se tornam um recurso valioso para muitas famílias brasileiras. Segundo dados recentes, 21% dos cidadãos recorreram ao crédito para quitar dívidas no último ano, enquanto 20% usaram para pagar contas de casa e 17% para despesas inesperadas.
Ao mesmo tempo, o endividamento das famílias atingiu 77,6%, e 29,1% registraram dívidas em atraso em abril de 2025. Esses números evidenciam a urgência de adotar práticas responsáveis.
O uso de diferentes modalidades de empréstimo reflete o comportamento dos consumidores:
Cartões de crédito lideram com 53% das solicitações, seguidos por empréstimo pessoal (22%) e consignado (17%). Além disso, 37% dos brasileiros recorrem a bancos digitais, enquanto 36% utilizam instituições tradicionais online.
Mesmo com queda de 14% na busca por crédito entre 2022 e 2023, impulsionada pelo Desenrola Brasil, a demanda voltou a subir com a alta dos juros e o aumento das despesas inesperadas.
Entender os motivos que levam ao crédito ajuda a definir estratégias para usar esse recurso de forma sustentável.
Muitas vezes, no entanto, o crédito é atraente pela rapidez de liberação, mas pode cobrar um preço alto quando as taxas de juros são elevadas.
Sem planejamento, um recurso pontual pode se transformar em um problema contínuo:
Este cenário contribui para o aumento da inadimplência: em abril de 2025, 12,4% das famílias não tinham condições de pagar dívidas em atraso.
Para evitar o recurso ao crédito informal ou agiotas, o Governo Federal lançou a linha de Crédito do Trabalhador em março de 2025, com juros mais baixos e desconto em folha de pagamento.
Essa iniciativa atende a 47 milhões de trabalhadores com registro formal, reduzindo a taxa para praticamente a metade do valor cobrado no mercado tradicional, que ultrapassa 5% ao mês.
Outra ação eficaz foi o programa Desenrola Brasil, que negociou R$ 9,5 bilhões em dívidas de pessoas físicas em apenas um mês, promovendo renegociações vantajosas.
Adotar algumas medidas simples pode garantir que o empréstimo seja um aliado, não um vilão:
As novas linhas de crédito focadas em necessidades reais, como saúde, moradia e educação, indicam um movimento positivo de democratização do acesso a taxas justas.
Ao mesmo tempo, tecnologias de comparação de ofertas e ferramentas de educação financeira ganham espaço, empoderando o consumidor a tomar decisões mais seguras e informadas.
Mais do que nunca, é fundamental enxergar o empréstimo como um instrumento para solucionar desafios pontuais com responsabilidade, evitando escolhas impulsivas que comprometam a estabilidade financeira.
Usar o crédito de forma estratégica significa equilibrar necessidades imediatas e objetivos de longo prazo. Com planejamento, pesquisa e disciplina, é possível transformar o empréstimo em uma alavanca para o crescimento pessoal e familiar.
Ao adotar as boas práticas apresentadas, você garante não apenas a solução de um problema atual, mas também uma trajetória financeira mais saudável e sustentável.
Referências