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Use empréstimos para resolver problemas, não criar novos

Use empréstimos para resolver problemas, não criar novos

03/05/2025 - 12:02
Fabio Henrique
Use empréstimos para resolver problemas, não criar novos

Em meio a um cenário econômico desafiador, saber manejar o crédito pode ser a diferença entre superar obstáculos financeiros de forma planejada e criar uma espiral de dívidas impagáveis.

Este guia inspira e oferece dicas práticas para usar empréstimos com sabedoria, solucionando necessidades pontuais sem comprometer o futuro.

Em tempos de incerteza econômica, os empréstimos se tornam um recurso valioso para muitas famílias brasileiras. Segundo dados recentes, 21% dos cidadãos recorreram ao crédito para quitar dívidas no último ano, enquanto 20% usaram para pagar contas de casa e 17% para despesas inesperadas.

Ao mesmo tempo, o endividamento das famílias atingiu 77,6%, e 29,1% registraram dívidas em atraso em abril de 2025. Esses números evidenciam a urgência de adotar práticas responsáveis.

O cenário atual do crédito no Brasil

O uso de diferentes modalidades de empréstimo reflete o comportamento dos consumidores:

Cartões de crédito lideram com 53% das solicitações, seguidos por empréstimo pessoal (22%) e consignado (17%). Além disso, 37% dos brasileiros recorrem a bancos digitais, enquanto 36% utilizam instituições tradicionais online.

Mesmo com queda de 14% na busca por crédito entre 2022 e 2023, impulsionada pelo Desenrola Brasil, a demanda voltou a subir com a alta dos juros e o aumento das despesas inesperadas.

As verdadeiras razões para recorrer a empréstimos

Entender os motivos que levam ao crédito ajuda a definir estratégias para usar esse recurso de forma sustentável.

  • Quitar dívidas antigas e reorganizar o orçamento familiar.
  • Cobrir gastos imprevistos, como reparos urgentes ou despesas médicas.
  • Investir na qualidade de vida, como reformas domésticas ou educação dos filhos.

Muitas vezes, no entanto, o crédito é atraente pela rapidez de liberação, mas pode cobrar um preço alto quando as taxas de juros são elevadas.

Perigos de um uso inadequado do crédito

Sem planejamento, um recurso pontual pode se transformar em um problema contínuo:

  • Taxas de juros elevadas em modalidades não consignadas podem gerar uma espiral crescente de custos financeiros.
  • Falta de pesquisa entre diferentes ofertas aumenta as chances de fechar contrato com condições desfavoráveis.
  • Usar um empréstimo para rolar dívida anterior, sem redução efetiva dos encargos.

Este cenário contribui para o aumento da inadimplência: em abril de 2025, 12,4% das famílias não tinham condições de pagar dívidas em atraso.

Linhas de crédito mais acessíveis e seguras

Para evitar o recurso ao crédito informal ou agiotas, o Governo Federal lançou a linha de Crédito do Trabalhador em março de 2025, com juros mais baixos e desconto em folha de pagamento.

Essa iniciativa atende a 47 milhões de trabalhadores com registro formal, reduzindo a taxa para praticamente a metade do valor cobrado no mercado tradicional, que ultrapassa 5% ao mês.

Outra ação eficaz foi o programa Desenrola Brasil, que negociou R$ 9,5 bilhões em dívidas de pessoas físicas em apenas um mês, promovendo renegociações vantajosas.

Boas práticas para usar crédito com sabedoria

Adotar algumas medidas simples pode garantir que o empréstimo seja um aliado, não um vilão:

  • Avaliar a real necessidade antes de solicitar o crédito e considerar alternativas, como cortes de gastos ou renegociação de dívidas.
  • Comparar ofertas em diferentes instituições, buscando sempre a linha com juros mais baixos.
  • Evitar empréstimos para pagar outros empréstimos, a menos que haja redução efetiva dos encargos.
  • Priorizar linhas consignadas ou subsidiadas pelo governo, especialmente para quem tem renda fixa mensal.
  • Planejar o pagamento das parcelas dentro do orçamento atual, mantendo o comprometimento da renda abaixo de 30%.
  • Monitorar o histórico de crédito pelo SCR do Banco Central, evitando surpresas com dívidas acumuladas.

Tendências e o futuro do crédito consciente

As novas linhas de crédito focadas em necessidades reais, como saúde, moradia e educação, indicam um movimento positivo de democratização do acesso a taxas justas.

Ao mesmo tempo, tecnologias de comparação de ofertas e ferramentas de educação financeira ganham espaço, empoderando o consumidor a tomar decisões mais seguras e informadas.

Mais do que nunca, é fundamental enxergar o empréstimo como um instrumento para solucionar desafios pontuais com responsabilidade, evitando escolhas impulsivas que comprometam a estabilidade financeira.

Conclusão: construindo um futuro financeiro sustentável

Usar o crédito de forma estratégica significa equilibrar necessidades imediatas e objetivos de longo prazo. Com planejamento, pesquisa e disciplina, é possível transformar o empréstimo em uma alavanca para o crescimento pessoal e familiar.

Ao adotar as boas práticas apresentadas, você garante não apenas a solução de um problema atual, mas também uma trajetória financeira mais saudável e sustentável.

Fabio Henrique

Sobre o Autor: Fabio Henrique

Fabio Henrique