Ao receber uma oferta de empréstimo ou financiamento, muitas vezes focamos apenas na taxa de juros anunciada. No entanto, existe um indicador que revela o custo real da operação: o CET. Compreender esse conceito é fundamental para tomar decisões financeiras mais seguras e evitar surpresas desagradáveis.
Conheça abaixo todos os detalhes sobre o Custo Efetivo Total e saiba como avaliar corretamente qualquer proposta de crédito.
O CET é um indicador financeiro que engloba todos os custos e encargos envolvidos em um empréstimo ou financiamento. Ele inclui não apenas a taxa de juros, mas também tarifas administrativas, seguros obrigatórios, tributos como IOF e outras despesas cobradas pela instituição financeira.
O principal objetivo do CET é oferecer ao consumidor clareza sobre o valor total pago ao longo de todo o contrato, permitindo comparar diferentes propostas de forma justa e transparente.
Para entender melhor o que compõe esse indicador, considere os seguintes elementos:
Cada um desses itens pode impactar significativamente o custo final do financiamento, por isso é essencial que todas as cobranças estejam incluídas no cálculo do CET.
O Banco Central do Brasil estabelece uma fórmula-padrão para o cálculo do CET, que considera o somatório de todas as despesas contratadas. O resultado é apresentado ao consumidor como uma taxa percentual anual.
Os principais elementos da fórmula incluem:
O cálculo gera uma taxa efetiva anual, tornando possível comparar propostas com diferentes prazos e estruturas de cobrança de maneira uniforme.
Embora frequentemente confundidos, a taxa de juros e o CET têm finalidades distintas:
Verificar o CET traz diversos benefícios ao consumidor:
Todas as instituições financeiras e sociedades de arrendamento mercantil têm a obrigação legal de fornecer o CET antes da contratação e sempre que solicitado. A divulgação deve ser feita de forma clara, em formato de taxa percentual anual, facilitando a compreensão do cliente.
Esse procedimento está alinhado às normas do Banco Central do Brasil e ao Código de Defesa do Consumidor, garantindo controle financeiro mais consciente e proteção contra práticas abusivas.
Para ilustrar a diferença entre propostas, considere o cenário a seguir:
Empréstimo de R$ 10.000, 24 meses de prazo
Embora a taxa de juros da Proposta A seja menor, o CET pode ser maior devido à TAC e ao seguro mais caro. Já a Proposta B, apesar de ter juros ligeiramente superiores, pode apresentar custo total mais vantajoso ao consumidor.
Esse exemplo reforça a importância de avaliar o CET completo, não apenas o valor da taxa de juros nominal.
Confira um guia prático para avaliar corretamente o Custo Efetivo Total antes de fechar qualquer contrato:
Seguindo esse processo, você estará mais preparado para escolher a oferta que se encaixa no seu orçamento e evita riscos de endividamento excessivo.
Verificar o CET antes de aceitar uma nova proposta de crédito é um passo essencial para garantir segurança e tranquilidade financeira. Ao considerar todos os custos envolvidos, você evita surpresas, faz comparações justas e negocia melhores condições junto às instituições.
Lembre-se: uma taxa de juros atraente nem sempre significa menor custo. Priorize sempre o Custo Efetivo Total e fortaleça seu planejamento financeiro, tomando decisões conscientes que respeitem seu perfil e suas metas.